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Navios das Américas atracam no porto de Rio Grande para concluir treinamento internacional

Guilherme Mazui, Zero Hora

Um destróier, duas fragatas lançadoras de mísseis e um navio de guarda-costa dos Estados Unidos navegam em águas gaúchas. Ao lado de embarcações das Marinhas do Brasil, Argentina e México. São parte de um treinamento internacional. Participam da Operação Unitas, que se encerra na segunda-feira, em Rio Grande, no sul do Estado.

 

Ao todo, 11 embarcações atracam no porto gaúcho amanhã. Rio Grande é a parada final do exercício naval mais tradicional do planeta, realizado anualmente desde 1959. Criada durante a Guerra Fria, em sua 52ª edição a Unitas envolve 2,3 mil homens, sendo 750 americanos e 1,2 mil brasileiros.

Com partida em 19 de abril, em sua primeira fase, a operação percorreu uma faixa de litoral entre Salvador e o Rio de Janeiro. Na última segunda-feira, partiu para Rio Grande. No caminho, foram realizados exercícios de guerra, com ataques aéreos, tiros reais de canhões e lançamento de mísseis. No Rio Grande do Sul, as manobras ocorrem a cerca de 50 quilômetros da costa.

– A Unitas prepara as forças navais. Faz simulações de ataques contra inimigos que usam submarinos, helicópteros, aviões. Testa equipamentos, vê se os homens estão preparados – destaca o capitão de fragata Expedito Barreto de Oliveira, chefe da seção de operações do 5º Distrito Naval da Marinha do Brasil, com sede em Rio Grande.

– A manobra conjunta auxilia não só no fortalecimento da confiança e cooperação para enfrentar os desafios marítimos do futuro, mas também no trabalho conjunto em missões humanitárias – complementa Benjamin Chiang, adido de imprensa do consulado americano em São Paulo.

Além da presença de embarcações de quatro países, a operação é observada por representantes do Chile, Colômbia, Peru e Portugal. Tem importante papel nas relações diplomáticas.

– É um estreitamento de laços, ajuda a manter a estabilidade no continente. Você não treinaria com um inimigo. Ainda ficamos próximos da marinha mais poderosa do mundo, vendo quais seus procedimentos e o que poderemos melhorar nos nossos – explica Expedito.

Em sua força-tarefa, os americanos usam quatro embarcações. Destaque para o destróier USS Nitze, apto a lançar mísseis guiados, além das fragatas USS Thach e USS Boone. O USCGC Escanaba faz parte da Guarda Costeira americana.


Uso de colete poderá ser obrigatório em embarcação fluvial

Agência Câmara de Notícias

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 421/11, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que torna obrigatório o uso de colete salva-vidas pelos passageiros de embarcações que navegam em rios.

Segundo o autor, o projeto procura defender a integridade física dos ribeirinhos e dos moradores das regiões menos favorecidas de infraestrutura rodoviária, que necessitam dos rios para se locomoverem.

Atualmente, as embarcações são obrigadas por norma fixada pela autoridade marítima a colocar um colete à disposição de cada passageiro. Para Bezerra, essa norma "é insuficiente para reduzir ao mínimo o risco de afogamentos decorrentes de acidentes ou naufrágios".

Ele defende a obrigação de o passageiro vestir o colete e sustenta que o Congresso Nacional "deve e tem competência" para aprovar uma lei como essa, que reforça a segurança do transporte aquaviário.


Bezerra diz que a norma atual é insuficiente

Pequeno inconveniente
"Pessoas pouco acostumadas à navegação têm, em geral, algum receio ao realizar esse tipo de viagem", diz o deputado. Esse receio natural, acrescenta, costuma transformar-se em pânico quando alguma situação inesperada acontece.

Na avaliação do parlamentar, "diante de tal estado de ânimo, é muito difícil, mesmo para tripulantes experientes, orientar os passageiros e fazê-los colocar corretamente os coletes".

Para ele, "o pequeno inconveniente provocado pelo uso do colete salva-vidas durante o trajeto é insignificante quando confrontado com os benefícios que podem advir do fato de os passageiros estarem em posição de poder preservar suas vidas em uma situação de emergência".

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

No comando da equipe da Marinha, Henrique Haddad vence Match Race Brasil 2011

Antonio Alonso Jr, Revista Náutica Online

Henrique Haddad, o Gigante, liderou a equipe da Marinha do Brasil na conquista do Match Race Brasil 2011. A equipe da Marinha do Brasil venceu todos os confrontos que disputou na competição e conseguiu confirmar um título que havia escapado na última regata em 2009.

A Marinha do Brasil teve neste último dia alguns dos momentos mais difíceis da competição, especialmente nas finais contra os gaúchos do Veleiros do Sul. A equipe de Henrique Haddad esteve atrás na maior parte da primeira regata e conseguiu reverter o resultado na última bóia. Enquanto a Marinha do Brasil vencia o Veleiros do Sul, Alan Adler, no comando da equipe da Marina da Glória, derrotava o Búzios Vela Clube de Alexandre Saldanha, também por 2 a 0.

Os resultados levaram a uma final entre os dois times invictos da competição, Marinha do Brasil e Marina da Glória, em melhor de duas regatas. Henrique Haddad, que perdeu a final de 2009 por 2 a 1 após vencer a primeira regata e largar na frente na terceira, desta vez não deu chance para o adversário e levou por 2 a 0, mantendo a invencibilidade.

Henrique Haddad vai também comandar a equipe da Marinha do Brasil nos Jogos Mundiais Militares, que acontecem em julho no Rio de Janeiro.

3º Velejaço de Integração será realizado nos dias 14 e 15 de maio

Da assessoria do Clube dos Jangadeiros

O Clube Náutico de Itapuã (CNI) será anfitrião do 3º Velejaço de Integração, que acontece nos dias 14 e 15 de maio, com a participação dos clubes náuticos de Porto Alegre. A largada para o tradicional encontro de comandantes e tripulações será às 10h, no farolete da Piava em direção à Itapuã, com navegação livre. Como aconteceu nos últimos dois anos, haverá uma recepção festiva na marina do Clube Náutico de Itapuã com um cardápio especial de churrasco de ovelha para curtir à noite de lua cheia e confraternizar com todos que lá irão aportar seus veleiros. “Este velejaço já é um sucesso desde a primeira edição, sendo um encontro de velhos amigos e de novas gerações da vela, que seguem o caminho da navegação por lazer ou esporte”, destaca Christina Silveiro, vice-comodora Esportiva do CNI.


Estão confirmadas no 3º Velejaço de Integração embarcações do Clube dos Jangadeiros, Iate Clube Guaíba e do Veleiros do Sul. O retorno acontece domingo, dia 15, após uma noite de pousada na marina de Itapuã. Nesta semana, a coordenação do evento irá confirmar se o churrasco de ovelha irá acontecer na Ilha das Pombas, pois aguarda autorização da direção do parque. Seja como for, o certo é que o velejaço é garantia de alegria e divertimento, unindo a todos no prazer de velejar.

Scheidt se diz "frustrado" com exclusão da Star da Rio/2016

Da ZDL, via Revista Náutica

Em reunião na madrugada deste sábado (7), em São Petersburgo, na Rússia, o Conselho da Federação Internacional de Vela (Isaf) decidiu manter decisão anterior, que exclui a classe Star dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados nos Rio de Janeiro. Da Itália, onde se prepara para a disputada do Olympic Garda, a partir desta quarta-feira (11), Robert Scheidt, prata na Star na Olimpíada de Pequim, em 2008, afirmou estar desapontado. "Não há muito o que falar. Eu e o Bruno (o proeiro Bruno Prada) ficamos muito tristes com a decisão, que é muito mais política do que técnica. Ela frustra as expectativas brasileiras de ver a Star de volta aos Jogos."



Segundo o velejador, ainda existe uma possibilidade, mesmo que remota, da reinclusão da 11ª medalha no programa da vela para 2016. "Isso pode ocorrer a pedido do Comitê Organizador do Rio/2016. A avaliação do pedido ficaria para novembro." A volta da 11ª medalha, porém, implicaria diminuir o número de atletas nas outras classes da vela. "Em Olimpíadas, existe um limite de atletas por modalidade. Se não me engano, na vela são 450. Se diminuísse o número de velejadores nas outras classes, haveria espaço para os da Star sem que fosse preciso excluir nenhuma disciplina", diz Scheidt.

A exclusão da classe, segundo o velejador, não deixa de ter fundo político. "Como a Star não tem grande representatividade em países da Ásia, na Austrália e Nova Zelândia, a área da Oceania, eles preferem barcos mais simples. Além disso, a Isaf busca veleiros rápidos, que atraiam a mídia e os jovens. Mas excluir a Star é um erro tremendo. É a classe mais antiga do programa olímpico, caminho natural de campeões em outras classes, e a preferida de grandes velejadores brasileiros. A disputa da Star no Rio de Janeiro certamente atrairia muito interesse", argumenta Scheidt.

A Star é a classe mais antiga do programa olímpico - está presente desde 1932. Chegou a ser retirada dos Jogos em 1997, mas não chegou a ficar fora de nenhuma Olimpíada, porque foi recolocada no ano seguinte. "O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem a última palavra e a Star foi disputada nos Jogos de Sydney, em 2000", lembra Scheidt. "Por enquanto, vamos nos concentrar nos Jogos de Londres, em 2012, que já estão bem próximos", finaliza.

Robert Scheidt tem patrocínio do Banco do Brasil, Prada e Rolex. Robert Scheidt e Bruno Prada têm o apoio do Comitê Olímpico Brasileiro e da Confederação Brasileira de Vela e Motor.

Torben Grael: Sem Star na Olimpíada do Rio, é hora de pendurar as chuteiras

Antonio Alonso Jr, da Revista Náutica

A decisão de manter a classe Star fora da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, pode selar o fim da carreira olímpica de Torben Grael e a de seu parceiro Marcelo Ferreira. "Não é uma surpresa, é apenas uma confirmação da decisão do ano passado. Nosso objetivo agora é fazer uma boa campanha com vistas ao ano que vem. 2016 ainda está longe, mas sem a Star aqui no Rio, é porque chegou a hora de pendurar as chuteiras mesmo", disse Torben Grael.



Marcelo Ferreira, proeiro de Torben desde os Jogos de Seul, em 88, tem uma postura parecida. "Já estamos numa campanha difícil para o ano que vem, não dá pra dizer que estaremos lá. Sem a Star nos Jogos do Rio, não tem a menor chance de eu fazer campanha olímpica em qualquer outra classe". Tanto Torben quanto Playboy deixaram claro que a decisão foi política, e não técnica. Desde que o Comitê Olímpico Internacional obrigou a Isaf, federação internacional de vela, a diminuir o número de medalhas de 11 para 10, os debates para decidir qual classe ficará de fora têm sido intensos. Primeiro foi o Tornado, único multicasco do programa olímpico. Agora, foi a vez da Star, a classe mais tradicional e que está nos Jogos desde 1932.

Torben e Marcelo sabem que ainda existe uma chance de a classe voltar ao programa. "Isso não depende mais da Isaf. Essa decisão depende de o Brasil, como país-sede, conseguir que a Vela tenha 11 e não 10 medalhas", contou Torben. Essa é a esperança de muitos velejadores, e o único caminho atualmente visível para recolocar a Star no programa olímpico.

Além de ser a classe onde velejam Torben Grael e Robert Scheidt, os maiores nomes da Vela brasileira, a Star deu medalhas ao Brasil em todas as Olimpíadas desde 1988, com exceção de Barcelona ´92. O Brasil é uma das grandes potências mundiais da classe, que é também a preferida de grandes velejadores de America´s Cup e Volta ao Mundo. No último Mundial, disputado no Rio, o Brasil colocou quatro duplas entre as 10 melhores do mundo.

Bicampeões olímpicos lamentam exclusão da classe Star da Rio-2016

Flávio Perez, ZDL

Isaf decidiu tirar a classe que mais rendeu medalhas ao Brasil nos Jogos. No Match Race Brasil, Torben Grael e Marcelo Ferreira estão fora das finais

A classe mais vitoriosa da vela brasileira em Olimpíada está fora dos Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. O conselho da Isaf - Federação Internacional de Vela - se reuniu em São Petersburgo, na Rússia, para definir o cronograma das classes para a competição e excluiu a categoria do evento.

O resultado prejudicou o Brasil, que tem tradição na Star. Desde Seul 88, o País tem sempre um velejador no pódio, com exceção de Barcelona 92. Nesse período, foram duas de ouro, uma de prata e duas de bronze.

"Já era esperada essa decisão. Foi política e não técnica. Tem muito lobby e interesses. É um pecado a Star ficar de fora da olimpíada do Rio de Janeiro. Nós temos um excelente retrospecto de medalha na Star", lamentou Torben Grael, maior medalhista do País nos Jogos. Torben não conseguiu apontar uma classe que pode substituir a Star à altura no Brasil e exigiu atenção especial na renovação da vela. "Talvez a classe 470 possa ser a referência agora, mas é muito difícil. É hora do COB apoiar a garotada para renovar a vela nacional".

Ouça a declaração do medalhista Torben Grael

A classe Star é a mais antiga do programa olímpico e está presente desde 1932. Na última edição dos Jogos, em Pequim, Robert Scheidt e Bruno Prada ficaram com a medalha de prata.

Torben Grael recebeu a notícia durante o Match Race Brasil 2011. O velejador comandou o Rio Yacht Club, de Niterói e a equipe dele e de Marcelo Ferreira foi eliminada na primeira fase da competição barco contra barco. O RYC tentava o tri do evento.

O fato negativo pegou todos os participantes do Match Race de surpresa neste sábado (7) no Iate Clube do Rio de Janeiro. O evento reúne os principais nomes da modalidade no País.

"É lastimável pelo que a classe fez nos últimos anos. Os brasileiros sempre estão entre os primeiros do mundo na Star. Fica uma pequena esperança. Vou torcer agora para o COB reverter a decisão", completou Marcelo Ferreira, dono de três medalhas ao lado de Torben.

Outro que criticou a decisão da Isaf foi o campeão mundial de Star Alan Adler, que comanda o Marina da Glória (RJ) no Match Race Brasil. "É uma pena já que todo velejador tenta chegar à Star e depois passa para desafios maiores como a vela de oceano. É uma perda para o esporte a saída da classe", resumiu.

Ouça o velejador Alan Adler


CBVM não desiste - O superintendente da CBVM, Ricardo Baggio, não escondeu a insatisfação com a decisão divulgada neste sábado(7). O dirigente reforçou a necessidade de reunir os nomes da classe e tentar reverter a situação. "Essa decisão tira a oportunidade dos ídolos do esporte brasileiro de competir em casa. Nós temos uma vantagem por ser o país sede e isso tem um peso muito forte. Agora é ter calma e esperar a volta do nosso representante na Isaf".


 

O Match Race Feminino, que participará pela primeira vez da Olimpíada no ano que vem, em Londres, também foi excluído do programa para 2016. As brasileiras, que estão em campanha para conquistar a vaga, participam do evento no Rio de Janeiro. Juliana Mota, Larissa Juk e Marina Jardim criticaram a posição da Isaf.

Segundo Marina, primeiro, a entidade deveria avaliar o que ocorrerá na Inglaterra. "Eu acho triste tirar antes de testar. Será um sucesso e as pessoas vão entender a vela mais facilmente. Pra mim é muito triste. Uma pena", ressaltou a tripulante feminina do Marina da Glória no Match Race Brasil.


As semifinais e finais do Match Race Brasil serão disputadas neste domingo a partir das 10 horas, na Baía de Guanabara. Marina da Glória (RJ) enfrenta o Búzios Vela Clube (RJ) em uma decisão. Na outra, a Marinha do Brasil (RJ) pega o Veleiros do Sul (RS). Os vencedores decidem o título e os perdedores o terceiro lugar.

O Match Race Brasil é realizado pela Brasil1 Esporte e tem patrocínio do Bradesco, Volvo, International Paper, Nycomed, Redecard, Wartsila e Semp Toshiba. Esse projeto é incentivado pela Lei de Incentivo ao Esporte. O apoio é do Iate Clube do Rio de Janeiro, Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro, Confederação Brasileira de Vela e Motor e Marinha do Brasil.


Isaf decidiu tirar a classe que mais rendeu medalhas ao Brasil nos Jogos. No Match Race Brasil, Torben Grael e Marcelo Ferreira estão fora das finais
Rio de Janeiro (RJ) - A classe mais vitoriosa da vela brasileira em Olimpíada está fora dos Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. O conselho da Isaf - Federação Internacional de Vela - se reuniu em São Petersburgo, na Rússia, para definir o cronograma das classes para a competição e excluiu a categoria do evento.

O resultado prejudicou o Brasil, que tem tradição na Star. Desde Seul 88, o País tem sempre um velejador no pódio, com exceção de Barcelona 92. Nesse período, foram duas de ouro, uma de prata e duas de bronze.

"Já era esperada essa decisão. Foi política e não técnica. Tem muito lobby e interesses. É um pecado a Star ficar de fora da olimpíada do Rio de Janeiro. Nós temos um excelente retrospecto de medalha na Star", lamentou Torben Grael, maior medalhista do País nos Jogos. Torben não conseguiu apontar uma classe que pode substituir a Star à altura no Brasil e exigiu atenção especial na renovação da vela. "Talvez a classe 470 possa ser a referência agora, mas é muito difícil. É hora do COB apoiar a garotada para renovar a vela nacional".

A classe Star é a mais antiga do programa olímpico e está presente desde 1932. Na última edição dos Jogos, em Pequim, Robert Scheidt e Bruno Prada ficaram com a medalha de prata.

Torben Grael recebeu a notícia durante o Match Race Brasil 2011. O velejador comandou o Rio Yacht Club, de Niterói e a equipe dele e de Marcelo Ferreira foi eliminada na primeira fase da competição barco contra barco. O RYC tentava o tri do evento.

O fato negativo pegou todos os participantes do Match Race de surpresa neste sábado (7) no Iate Clube do Rio de Janeiro. O evento reúne os principais nomes da modalidade no País.

"É lastimável pelo que a classe fez nos últimos anos. Os brasileiros sempre estão entre os primeiros do mundo na Star. Fica uma pequena esperança. Vou torcer agora para o COB reverter a decisão", completou Marcelo Ferreira, dono de três medalhas ao lado de Torben.

Outro que criticou a decisão da Isaf foi o campeão mundial de Star Alan Adler, que comanda o Marina da Glória (RJ) no Match Race Brasil. "É uma pena já que todo velejador tenta chegar à Star e depois passa para desafios maiores como a vela de oceano. É uma perda para o esporte a saída da classe", resumiu.

CBVM não desiste - O superintendente da CBVM, Ricardo Baggio, não escondeu a insatisfação com a decisão divulgada neste sábado(7). O dirigente reforçou a necessidade de reunir os nomes da classe e tentar reverter a situação. "Essa decisão tira a oportunidade dos ídolos do esporte brasileiro de competir em casa. Nós temos uma vantagem por ser o país sede e isso tem um peso muito forte. Agora é ter calma e esperar a volta do nosso representante na Isaf".

O Match Race Feminino, que participará pela primeira vez da Olimpíada no ano que vem, em Londres, também foi excluído do programa para 2016. As brasileiras, que estão em campanha para conquistar a vaga, participam do evento no Rio de Janeiro. Juliana Mota, Larissa Juk e Marina Jardim criticaram a posição da Isaf.

Segundo Marina, primeiro, a entidade deveria avaliar o que ocorrerá na Inglaterra. "Eu acho triste tirar antes de testar. Será um sucesso e as pessoas vão entender a vela mais facilmente. Pra mim é muito triste. Uma pena", ressaltou a tripulante feminina do Marina da Glória no Match Race Brasil.

As semifinais e finais do Match Race Brasil serão disputadas neste domingo a partir das 10 horas, na Baía de Guanabara. Marina da Glória (RJ) enfrenta o Búzios Vela Clube (RJ) em uma decisão. Na outra, a Marinha do Brasil (RJ) pega o Veleiros do Sul (RS). Os vencedores decidem o título e os perdedores o terceiro lugar.

O Match Race Brasil é realizado pela Brasil1 Esporte e tem patrocínio do Bradesco, Volvo, International Paper, Nycomed, Redecard, Wartsila e Semp Toshiba. Esse projeto é incentivado pela Lei de Incentivo ao Esporte. O apoio é do Iate Clube do Rio de Janeiro, Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro, Confederação Brasileira de Vela e Motor e Marinha do Brasil.

Isaf confirma Star fora da Olimpíada do Brasil e tira também Match Race Feminino

Antonio Alonso Jr,  Revista Náutica

Na madrugada deste sábado, o Conselho da Isaf reunido em São Petersburgo na Rússia confirmou a decisão anterior e manteve tanto a Star fora dos Jogos de 2016, no Brasil, apesar dos esforços do Brasil, como país sede, em reverter a exclusão. Uma surpresa foi que o Match Race Feminino, que participará pela primeira vez da Olimpíada no ano que vem, em Londres, também já foi excluído do programa para 2016. A reunião durou três horas e foi marcada por momentos de tensão. Mais de 50 submissões foram recebidas para avaliação e o resultado não deixou os brasileiros felizes.

Os eventos selecionados ao final da reunião foram os seguintes:

Masculinos:
Prancha ou kite - a ser definido
Barco de bolina individual - Laser
Segundo barco de bolina individual - Finn
Skiff - 49er
Barco de bolina para duas pessoas - 470

Femininos:
Prancha ou kite - a ser definido
Barco de bolina individual - Laser Radial
Skiff - a ser definido
Barco de bolina para duas pessoas - 470

Misto:
Multicasco para duas pessoas - a ser definido

O árbitro internacional Ricardo Lobato, que estava presente na reunião de novembro, quando a primeira decisão excluindo a Star foi tomada, repetiu o comentário do representante nacional no Conselho da Isaf e desabafou: "Foi um tapa na cara dos brasileiros". Além de ser a classe mais tradicional e preferida pelos grandes velejadores brasileiros, a Star deu medalhas ao Brasil em todas as Olimpíadas desde 1988, com exceção de Barcelona ´92. Essa decisão é definitiva e a Isaf não deixou espaço para modificaçães na reunião do final do ano.



A Star é a classe mais antiga do programa olímpico, está presente desde 1932. Robert Scheidt, que foi prata na últma Olimpíada, ao lado de Bruno Prada, era um dos grandes defensores da classe. "É a continuidade da carreira de vários atletas (ele próprio, nove vezes campeão mundial da Laser e dono de três medalhas olímpicas, mudou para a Star). A classe que concentra as maiores estrelas do iatismo mundial. E que apresenta regatas muito acirradas, decididas metro a metro. Na última Olimpíada, por exemplo, as medalhas só foram definidas na última perna da Medal Race", acrescenta.

O superintendente da CBVM, Ricardo Baggio, não escondeu a insatisfação com o resultado. "Foi uma decepção dupla. Não dá pra pensar numa Olimpíada no Brasil sem a Star. E a exclusão do Match Race Feminino, depois de todo o trabalho que começamos aqui é realmente triste". Além disso, essa decisão acaba com o trabalho de longo prazo feito com a classe. "Eu até fico contente com a intenção de trazer mais gente jovem para a vela, com os skiffs, mas quando você tira todos os barcos de quilha do programa olímpico, você perde representatividade".

Classes e equipamentos
A Isaf faz uma distinção importante entre classes e equipamentos. Classes são os tipos de barcos e equipamento é o modelo específico do barco. Os multicascos por exemplo, formam uma classe escolhida para participar dos Jogos do Rio, mas a Isaf ainda vai decidir qual barco será usado nos Jogos. Há uma expectativa muito grande de que esse barco seja o Tornado, que já foi classe olímpica e que liderou a campanha pela volta dos catamarãs às Olimpíadas.

É nesse contexto que Ricardo Baggio critica a retirada de todos os barcos de quilha dos Jogos. O Star, assim como Soling, Yngling e o Elliot 6 são todos barcos de quilha que já foram olímpicos e representam uma parte importante dos velejadores espalhados pelo mundo. "E se você for ver hoje, vários dos grandes nomes da vela mundial, como Iain Percy, Torben, Scheidt, Paul Cayard e outros são velejadores desse tipo", conta Baggio. Como explicar, então que nenhum barco de quilha continuará no programa olímpico? A resposta mistura interesses particulares das federações nacionais, onde a Star não tem representatividade com um desequilíbrio provocado há dois ciclos olímpicos, com a redução de 11 para 10 no número de medalhas da Vela.