Quem? - Uma homenagem à Bóris Ostergren

A partir de hoje, quando olhar para a varanda do VDS procurando aquele cidadão de cabelos brancos pintados naturalmente por tudo aquilo que viveu e não o vê-lo, surgirá aquela pergunta que não sabemos a resposta:

Quem irá contar com toda aquela calma e experiência as histórias da colonização de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul?

Quem irá nos contar as fantásticas histórias dos bondes no Centro? Das corridas de carro na Tristeza? 

Quem, ao ouvir "até mais estou indo trabalhar", vai me dizer: "Trabalhar!!! Pra quê? Fica aqui, vai velejar".

Quem vai dar aquela dica de ouro para o garoto da vela jovem?

Quem vai oferecer um saco cheio de ferragens e cabos para alguém que está montando um Snipe?

Quem vai te convidar para um campeonato importante e enquanto vai no timão, vai te contando histórias fantásticas vividas em campeonatos pelo mundo, com a naturalidade de quem está tomando um café na varanda?

A propósito, e agora?! O garçom vai lá levar o café e ele não está lá.

Partiu. A comissão da regata da vida sinalizou e só ele viu. Largou buscando o barlavento. Certamente chegará em PRIMEIRO. FITA AZUL.

Lá de cima, um dia irá soprar no nosso ouvido: "Camba, dá o jibe".

Um verdadeiro CAMPEÃO, um ÍDOLO.