Travessia do Atlântico: Pandiani e Bely passam por zona de naufrágios na Namíbia

Os dois escolheram fazer uma parábola no caminho entre os continentes para evitar ainda mais zonas de tempo e mar ruim, mas as dificuldades são constantes

Por ZDL Comunicação

São Paulo (SP) - A bordo de um catamarã sem cabine, Beto Pandiani e Igor Bely passam pelo trecho mais ‘sombrio’ da Travessia do Atlântico: a Costa dos Esqueletos, na Namíbia. A região é cheia de naufrágios por causa do mau tempo e um banco no fundo do mar que levanta ondas enormes. Nesta segunda-feira (25), a dupla chega ao sexto dia da viagem da Cidade do Cabo até Ilhabela. Até agora, os ventos e o mar foram predominantemente fortes e agitados. Por sorte, a intensidade começa a cair aos poucos. "Hora de recuperar a exaustão e colocar tudo em ordem", contou Betão em seu diário de bordo, que pode ser acompanhado pelo site travessiadoatlantico.tumblr.com.

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A estratégia de passar pela Costa dos Esqueletos faz parte da fase inicial da Travessia do Atlântico. Os dois escolheram fazer uma parábola no caminho entre os continentes para evitar ainda mais zonas de tempo e mar ruim, mas as dificuldades são constantes. Em linha reta são 4.000 milhas náuticas (7.800 quilômetros), mas a viagem chegará em 5.000 milhas náuticas (9.260 quilômetros).

"Na hora do almoço foram 25 nós de vento e com previsão de subida. As ondas variam entre 4 e 6 metros e o Picolé sem velas, só com um riso, mergulha em jacarés vertiginosos, acelerando muito. Uma mistura de montanha russa com trem fantasma. Em alguns momentos ficamos rodeados por paredes de água, até uma onda nos levantar e lá do alto despencarmos. As massas de água parecem montanhas se movendo, mas, apesar de toda a concentração, estamos calmos. Comer e dormir é difícil e depois de dois dias assim ficamos bem exaustos", relatou Beto Pandiani.

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O parceiro Igor Bely também falou sobre a aventura e os dias agitados no Oceano Atlântico. "Foram dois dias de tempo muito ruim com 30 nós ou mais de vento. Vivemos um inferno por cerca de 36 horas. Felizmente, o barco Picolé não sofreu nenhuma avaria. Além disso, a nossa média nas últimas 48 horas foi de 200 milhas. Agora as condições estão de volta ao normal". A Travessia do Atlântico começou na última quarta-feira (20) na África do Sul e tem previsão de chegada em Ilhabela por volta do dia 20 de abril.

A Travessia do Atlântico tem o patrocínio de Semp Toshiba, apoio de Mitsubishi, Red Bull e Certisign. Os colaboradores são Reebok, BL3, Sta Constância, Azula, North Sails e Track and Field.

Os fãs da vela oceânica e da dupla Beto Pandiani/Igor Bely podem acompanhar toda a aventura pelo site:
http://travessiadoatlantico.tumblr.com