Família Schürmann na Rota do Oriente

Fonte: Almanáutica

Depois de cinco anos de planejamento, estruturando o plano e buscando investidores para um projeto ousado, a família conquistou o apoio fundamental dos patrocinadores Estácio, HDI Seguros e Solví. Agora, dedicam-se à construção do veleiro Kat, que desbravará águas nacionais e internacionais durante dois anos ininterruptos.


A Expedição Oriente também envolve importantes ações, como um projeto de cunho educacional em parceria com a Estácio e a produção de uma série televisiva e um documentário de longa metragem. A partir de amostras coletadas durante a viagem, o Departamento de Oceanografia Biológica de uma renomada universidade fará um estudo com análises da qualidade das águas e dos plânctons por onde o veleiro passar.

 

Com forte presença digital, a nova saga da Família Schurmann será uma aventura transmídia. Para isso, a Expedição Oriente conta com uma plataforma completa para acompanhamento e interação com os brasileiros e usuários de todo o mundo, durante os preparativos, a partida, as histórias em alto mar e de outros povos e culturas visitadas até o retorno ao Brasil. Todas as emoções serão transmitidas diariamente pelo site do projeto, traduzido em cinco idiomas, além de páginas oficiais em redes sociais como Facebook, YouTube e Instagram. Aplicativos para smartphones também estão no roteiro. E, neste “mar digital”, o público poderá embarcar na Expedição Oriente por meio de barcos virtuais, disponibilizados através de técnicas de gamification que agitarão a rede com desafios, minigames e missões.

O veleiro da Expedição Oriente é dotado de um sistema elétrico digital – 100% nacional – e não analógico, que pode ser manipulado remotamente por dispositivos móveis como um iPad, possibilitando desde uma simples ação de acender ou apagar a luz até navegar via controle remoto a quilômetros de distância.

“O sistema elétrico digital já é empregado nos setores aéreo e automobilístico, mas é algo inovador no ramo marítimo. Na nossa embarcação, tudo, absolutamente tudo, poderá ser controlado nas pontas de nossos dedos”, esclarece David.

O veleiro terá uma quilha retrátil. Quando em baixo, terá um calado de 4,5 metros. Em cima, um calado de 1,80 metros. Kat, o veleiro, será equipado com um sistema de geração de energia limpa, por meio de eólicos, painéis solares, dois hidrogeradores e duas bicicletas ergométricas para produção de energia durante os exercícios físicos da tripulação. Além disso, graças à parceria com a Solví, a embarcação terá um sistema de tratamento de esgoto e o lixo orgânico será reaproveitado utilizando um equipamento especial para produção de adubo em forma de pequenos tijolos. “Queremos que o nosso barco seja um microcosmo autossustentável”, afirma Heloísa Schurmann.


Instituto Kat Schürmann será transferido para Itajaí

Depois de ter sido confirmada novamente como a sede da próxima edição da Volvo Ocean Race e de ser a sede da Regata Transatlântica Jacques Vabre fim do ano), agora Itajaí recebe o Instituto Kat Schürmann, que sai de Bombinhas para lá. “Ainda em 2013, antes de novembro, nós vamos transferir o Instituto Kat Schürmann de Bombinhas para Itajaí”, revelou Vilfredo Schürmann.

Fundado em 1999 o instituto Kat Schürmann tem o objetivo de contribuir para a manutenção da qualidade sócio-ambiental dos ambientes marinho e costeiro através do desenvolvimento de pesquisas e da implementação de programas de educação ambiental. Atualmente, em Bombinhas, o Instituto Kat Schürmann tem uma área de cerca de 17.000 m2. Ele abriga um espaço cultural de exposições com fotos e peças trazidas das expedições da família, auditório, laboratório de educação ambiental marinha, sala de estudos, trilha ecológica, estação de tratamento de efluentes, sistema para captação de águas pluviais e um sistema de geração de energia fotovoltaica.