Sem a Star em 2016, Bruno Prada já imagina fim da parceria com Scheid

De olho nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, proeiro pensa em voltar para a classe Finn e afirma que a tendência é Scheidt retornar à Laser

Por Globoesporte.com

A parceira entre Robert Scheidt e Bruno Prada, duas vezes medalhista olímpica, está perto do fim. A classe em que competem, a Star, não fará mais parte do programa das Olimpíadas a partir dos jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Eles ainda tentam reverter essa situação, mas já traçam novos rumos para o próximo ciclo olímpico.

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- Já temos um plano B. Se não tivermos a Star no Rio 2016, não vamos deixar a bola baixar. Quem sabe será até uma vantagem para o Brasil, que pode ganhar duas medalhas em vez de uma. Queremos fazer um projeto muito maior, como fez a natação com a Pro 16, do Cesar Cielo - disse Bruno Prada.

O velejador não revelou detalhes do projeto para os Jogos do Rio 2016. Ele, porém, deu pistas de qual categoria devem competir ele e Robert Scheidt.

- A tendência é eu ir para a Finn e o Robert voltar para a Laser. Pelo meu peso, não tenho escolha. Ainda vou ter de perder uns dez quilos. A esposa que vai gostar (risos). O Robert ainda tem algumas opções de duplas, mas é difícil encontrar alguém que aguente treinar com ele, porque o Robert é muito exigente.

Robert Scheidt foi bicampeão olímpico e octa mundial na Laser. Ele trocou a classe pela Star depois da conquista do ouro no Jogos de Atenas 2004. Agora, o velajador deve voltar ao barco individual.

Bruno Prada tem como certo seu retorno à Finn, outra classe individual. Para bem controlar este barco, o velejador precisa ter mais de 80 kg. Prada, que pesa 101 kg, velejou por 15 anos nesta classe antes de firmar parceria com Robert.

Com o bronze conquistado em Londres no peito, o velejador lamenta erros na regata decisiva. Eles tinham a prata na mão, mas arriscaram para buscar o ouro. A estratégia escolhida não teve sucesso, e a dupla perdeu um posto na classificação.

- Todos criaram expectativas. Assumimos nossos erros. Não foi o vento. Foi uma interpretação errada da previsão do tempo na última regata. Pagamos o preço. Mas medalha é medalha, tem de cuidar como um filho, porque é muito difícil de conquistar.

A dupla previu uma nuvem que puxaria vento no lado direito da regata. O vento, porém, chegou tarde demais.