Tempestade Alberto pode ser decisiva na sétima perna da Volvo Ocean Race

Fonte: Blog Mar Aberto

Os barcos aceleraram nesta segunda-feira durante a sétima perna da Volvo Ocean Race. A flotilha flertou com a tempestade tropical Alberto, e o sistema meteorológico pode ser a chave para a travessia do Ocean Atlântico rumo a Lisboa, em Portugal.

No seu centro, Alberto mantém ventos de 35 nós, mas as equipes tentaram explorar ventos de menor intensidade, velejando na velocidade de 20 a 23 nós durante  o dia.

Foto Nick Dana/Volvo Ocean Race


Foto Nick Dana/Volvo Ocean Race

O Groupama lidera a etapa com uma vantagem de oito milhas náuticas sobre o Puma

- Houve alguns momentos chave até agora e estamos em posição de ditar onde queremos ir, e a frota virá atrás - conta o chefe de turno do Groupama Damian Foxall.

- Estamos em uma boa situação. Somos o primeiro (veleiro) a cambar e os primeiros a procurar a direção certa rumo a Lisboa em alta velocidade. Enquanto isso continuar, as coisas estão boas - completou.

Apenas 14 pontos separam os líderes  Telefónica do quarto colocado Puma na classificação geral. Essa diferença pode ser facilmente revertido com os pontos oferecidos nas próximas três regatas off shore. O barco espanhol ficou fora do pódio pela primeira vez em uma regata portuária. Ainda assim, o tripulante de mídia Diego Fructuoso garantiu que o clima na equipe é bom:

- A atmosfera é realmente boa, que não é fácil depois dos resultados recentes. Nós vamos dar tudo nesta perna, porque queremos chegar em Lisboa em primeiro lugar e mostrar que não esquecemos como vencer - disse Fructuoso.

Abu Dhabi perdeu tempo com um saco plástico na quilha. Foto Nick Dana/Volvo Ocean Race

Depois de vencer a regata do porto em Miami, o Abu Dhabi estava velejando forte até ser prejudicada por um grande saco plástico que ficou enrolado na quilha. O problema deixou o barco do capitão Ian Walker bem próximo do Camper e do Puma, na disputa parcial pelo terceiro lugar da etapa:

- Ambos estão ao nosso lado. Eu estava no convés e podíamos vê-los claramente.

De acordo com o meteorologista da Volvo Ocean Race Gonzalo Infante, diante da instabilidade dos sistemas meteorológicos do Atlântico Norte, a opção de "cortar o canto" e navegar uma rota não-tradicional, quase em linha reta a Lisboa, poderia ser bem utilizada pelas equipes.

- Um sistema de baixa pressão novo está se formando mais ao norte para engolir a tempestade tropical Alberto e irá empurrar o sistema de alta pressão enorme que bloqueia o caminho para Lisboa para o leste. Uma frente fria associada com a baixa pressão vai trazer vento, permitindo que as equipes possam navegar uma rota mais direta. A porta está definitivamente aberta, mas o timing é tudo - explicou.

Confira em tempo real a posição dos barcos com o tracker do site oficial.

Classificação - Sétima perna - 22h - 21/05/2012
1º Groupama    13,7 nós de velocidade/ distante 3.340,7 milhas náuticas de Lisboa
2º Puma             17  / 3.379
3º Telefónica    14,9 / 3.284,3
4º Abu Dhabi   11,8 / 3.300
5º Camper         16,8 / 3.297,4
6º Sanya            21,7 / 3.309,8