Sail World destaca: Brasil vive boom no mercado náutico

30 Agosto 2011

Enquanto os mercados náuticos dos EUA a da Europa amargam a crise com queda de 70% nas vendas, enrredados no delicado momento econômico mundial, mercados emergentes, como o brasileiro se fortalecem e ganham relevância. A venda anual de lanchas na América do Sul tem cresceram inacreditáveis 30% ao ano desde 2008, conforme a Forbes.

Sempre se soube que Brasil tem uma elite econômica composta por uma classe de “super-ricos”, mas o bom momento financeiro do país — com uma propagada auto-suficiência energética — possibilitou o crescimento da classe média. Com mais dinheiro no bolso, essa fatia da população começou a aspirar novos passatempos, como a navegação, por exemplo. Daí para a aquisição de uma lancha, é só um passo.

Esse traço se refletiu no crescimento da venda de lanchas, veleiros e iates e no número de brasileiros que escolheram a navegação como laser.

A iataliana Ferretti afirma que suas vendas no Brasil representaram menos de 5% da sua receita até 2007, mas cresceram extraordinários 40% só neste ano. A empresa tem planos de construir um novo estaleiro em São Paulo, com capacidade de produção de 120 iates por ano. E a Ferreti não é a única, outros fabricantes estrangeiros já se articulam para aproveitar o momento de investir no país.

O surgimento de novas marinas também são destaque. Com a grande procura, elas se multiplicam por toda a costa brasileira.

Segundo a Forbes, o número de brasileiros milionários nesta nação de 190 milhões de pessoas aumentará 230%, chegando a mais de 1 milhão antes de 2020. Na China aumentará 91%, na Rússia em 221% com 1,2 milhões de milionários e na Índia o crescimento dessa fatia alcançará 143% com 694. 600 a alcançarem o seu milhão.

Giovanni Luigi, CEO da empresa que mais vende barcos no Brasil, a YachtBrasil, diz que o mercado recém está aquecendo. A comia projeta o crescimento comercial de 28% por cento neste ano, depois de acumular 840 milhões de dólares em vendas nos últimos quatro anos.