Navio turco deixa o Estado depois de dois anos no Porto de Rio Grande
Após dois anos atracado no porto de Rio Grande, no sul do Estado, o navio Düden começou a ser rebocado na manhã desta sexta-feira para a Turquia, onde será restaurado. Em novembro de 2009, o graneleiro turco pegou fogo na costa gaúcha, próximo de Tramandaí, no litoral norte.
Às 8h, a longa espera para desafogar o espaço no cais público do terminal acabou. As amarras foram soltas e lentamente o Düden começou a ser puxado por três rebocadores — um de alto-mar e outros dois menores, usados apenas na manobra.
Nos primeiros 800 metros, as duas embarcações de apoio começaram a puxar o graneleiro pela popa — traseira da embarcação. Em seguida, o navio foi manobrado, em uma parte mais larga do canal, para que completasse de frente a saída dos Molhes da Barra.
A operação vinha sendo planejada há dois meses e esteve a cargo do novo proprietário do navio, um empresário brasileiro que adquiriu o Düden em um leilão, por R$ 1,7 milhão. O processo foi comandado pela Praticagem da Barra e pela Marinha.
A velocidade média da viagem é de 10 km/h e a expectativa é de que o translado até a Turquia dure entre 40 e 50 dias. Durante esse período, a Marinha do Brasil acompanha remotamente o processo.
Relembre o caso
Em novembro de 2009, o navio Düden seguia para Rosário, na Argentina, quando pegou fogo a 260 km de Tramandaí. Um tripulante turco morreu e 22 marujos ficaram feridos no incidente — 20 da Turquia e dois do Azerbaijão.
Os sobreviventes foram resgatados por um bote e um helicóptero da Marinha e trazidos até Rio Grande. O navio foi rebocado até o porto gaúcho, onde está desde então.