Touché, Ginga e Fram vencem primeira etapa da Copa Suzuki Jimny, em Ilhabela

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Ventos irregulares no litoral norte paulista marcam abertura da competição de vela oceânica

Flávio Perez - ZDL (SP)

Ilhabela (SP) - A primeira etapa da Copa Suzuki Jimny - XI Circuito Ilhabela de Vela Oceânica - terminou neste domingo com condições parecidas nas duas semanas de disputas no litoral norte paulista. Pouco vento e muito equilíbrio, exceto na classe HPE25, que registra confortável vantagem do barco Ginga, de Breno Chvaicer, sobre os adversários. Nas demais classes, o Touché (Ernesto Breda) fisgou a ponta na ORC e levou o título da etapa inicial, assim como o Fram (Felipe Aidar) na RGS-A. A competição reuniu 40 barcos e 300 velejadores.

Neste domingo, a comissão de regata conseguiu realizar apenas uma prova no Canal de São Sebastião. Os ventos rondados, com média de seis nós, definiram a classificação da etapa inaugural do Circuito, considerado um dos mais importantes do País. No sábado, com condições melhores de tempo, a média de ventos foi de 10 nós e direção Leste, foram disputadas duas regatas para todas as classes e três para a HPE. A próxima etapa, o Warm up, será realizada entre os dias 23 e 26 de junho.


Na classe ORC, a tripulação do Touché confirmou o favoritismo e teve a melhor média de pontos nas cinco regatas e venceu a etapa. O time de Ernesto Breda faturou duas das cinco regatas. "Tivemos regatas duras durante as duas semanas. O nível técnico da competição é bom, mas o importante é ter cada vez mais barcos diferentes nas raias, principalmente de ratings diferentes. Para ficar na ponta, nossa equipe vai treinar em Santos para o evento de junho (Warm Up). Nosso objetivo é chegar forte na próxima etapa da Copa e na Rolex Ilhabela Sailing Week", comentou Breda. A comissão inovou desta vez e juntou todos os barcos na mesma raia com ratings diferentes na classe, ou seja, veleiros menores competindo com os maiores na ORC.


O atual bicampeão do Circuito Ilhabela na classe HPE25, Ginga, venceu quatro das sete regatas disputas até agora em Ilhabela e abriu diferença de 17 pontos sobre o segundo colocado. Os adversários que estão logo atrás prometem treinar mais para reduzir a vantagem do líder. A categoria passou por uma recente mudança na área vélica, deixando as regatas mais acirradas.


"O treinamento fez total diferença até o momento. O time do Ginga está mais bem preparado, eles erram menos e merecem a liderança da Copa Suzuki Jimny. Para as próximas etapas, nós precisamos treinar mais para pegar confiança e se aproximar deles", relatou Fábio Bocciarelli, integrante do barco Atrevida, quinto colocado na classificaçao geral do HPE25. O velejador também comentou a mudança recente da categoria aplicada pela primeira vez em uma competição oficial. "Com a vela balão maior, nós precisamos de uma técnica nova. É mais pano para puxar, é mais treino e tática. Está todo mundo aprendendo na HPE25 e cada vez mais a regatas vão ficar melhores, principalmente no Warm Up".


Muito equilíbrio na RGS
- As regatas permanecem equilibradas na classe RGS-A, com o duelo rigorosamente igual até agora entre Fram (Felipe Aidar) e Jazz (Valéria Ravani). As duas tripulações chegaram até o domingo empatadas, mas na última regata do dia, o Fram foi melhor e levou o título. "Foi muito interessante o campeonato. Foi ótimo ter o Jazz como adversário direto e as regatas foram disputadíssimas. Nossa equipe é formada por aprendizes, muitos competindo em alto nível pela primeira vez", destacou Aidar.

Na RGS-B, o Palmares (José Romariz Filho) tem três pontos de vantagem sobre o Anequim (Paulo de Moura). No duelo particular da RGS-C , o time do Toy (Júlio Lemos) levou vantagem sobre Pirajá (Rubens Bueno). A liderança da classe RGS-Cruiser segue nas mãos do Cocoon (Luiz Caggiano) com vantagem de cinco pontos sobre a tripulação do Silence (Joaquim Prado).


Na Skipper 21, o Alegria continua na primeira posição. O time de Carlos Alberto Ramalho apostou nos treinos em Ilhabela para não fazer feio na temporada de vela oceânica e se deu bem até o momento. "Fantástico chegar na frente dos barcos grandes. Valeu o esforço de treinos de mais de dois anos
em Ilhabela. As condições de vento das duas semanas estavam muito difíceis e o entrosamento entre a tripulação foi fundamental para o bom andamento das coisas", definiu Carlos Alberto Ramalho, que está em terceiro na ORC.

Nas duas primeiras semanas de disputas da Copa Suzuki, o melhor desempenho na classe Delta 32 é do Realizado, de José Appud.


Premiação da etapa e Warm Up, em junho -
As três tripulações mais bem classificadas em cada classe na primeira etapa da Copa Suzuki - Circuito Ilhabela de Vela Oceânica foram premiadas na tarde deste domingo na sede do Yacht Club de Ilhabela. Receberam seus prêmios também as tripulações vencedoras das regatas realizadas na abertura da etapa, dia 19, comemorativas aos 40 anos da Capitania dos Portos. Já os brindes da Nautos foram sorteados durante a tradicional canoa de cerveja do sábado, dia 26.

Os veleiros voltam a se encontrar para a segunda etapa apenas em junho, entre os dias 23 e
26. A competição, batizada de Warm Up, deve contar com mais feras da vela nacional, como o medalhista olímpico Bruno Prada, que participa da classe HPE25 a bordo do Max Suzuki.

Classificação final da primeira etapa

ORC - 5 regatas (1 descarte)

1- Touché Super (Ernesto Breda) - 7 (6+1+2+3+1)
2- Orson/Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva) - 8 pp (1+2+3+6+2)
3- Alegria (Carlos Alberto Ramalho) - 12 (2+3+8+2+5)
4- Realizado (José Luis Apud) - 15 (3+4+8+5+3)
5- Saurê (Diego Zaragoza) - 16 (8+8+1+1+6)

HPE - 7 regatas (1 descarte)

1- Ginga (Breno Chvaicer) - 9 (1+2+1+1+3+3+1)
2- Avantto (Dario Galvão) - 26 (6+9+2+6+2+5+5)
3- Artemis (Mark Essle) - 26 (3+1+7+7+10+6+3)
4- Repeteco II (Fernando Haaland) - 27 (9+3+4+2+8+4+6)
5- Atrevida (Fábio Bocciarelli) - 28 (2+4+17+8+1+9+4)

RGS-A - 5 regatas (1 descarte)

1- Fram (Felipe Aidar) - 6 (2+1+2+1+2)
2- Jazz (Valéria Ravani) - 6 (1+2+1+2+3)
3- Ianê-Transbrasa (Bayard Umbuzeiro Filho) - 12 (3+3`+3+3+5)