Como evitar que a umidade tome conta do interior do seu barco
Revista Náutica, edição 251, Felipe Caruso
Barcos foram feitos para a água. Porém, a recíproca está longe de ser verdadeira. O excesso de umidade a bordo causa mau cheiro, mofo e, nos casos mais graves, até o apodrecimento do casco. E a umidade não dá trégua, nunca. Atua o tempo todo, faça sol ou – especialmente – chuva, quando fica pior ainda. Para evitar que ela tome conta do interior do seu barco e acabe por destruí-lo bem antes do previsto, a única saída é enfrentá-la com o mesmo vigor e obstinação. Basicamente, há duas providências fundamentais: ventilar bastante o barco e impedir que ele molhe por dentro. Fácil? Nem tanto.
Uma boa ventilação controla naturalmente a umidade do ambiente e previne contra a proliferação dos micro–organismos responsáveis pelo mofo, ou bolor. Quanto mais escotilhas e gaiutas a cabine tiver, melhor para a ventilação – e, também, para a iluminação. Cabine escura é um convite irrecusável aos fungos, essas criaturas microscópicas e indispensáveis à natureza, mas que não sabem distinguir entre um galho caído no chão e a lancha que você acabou de comprar. E tudo o que você pode fazer é limitar sua ação e crescimento, a fim de preservar o barco. E, de quebra, evitar certas alergias.
No combate à umidade, o sol é um grande aliado. Sempre que puder, abra todo o barco e coloque os estofados para fora, para arejar. Se estiver planejando um fim de semana a bordo, passe antes na marina, para fazê-lo “respirar” antes de a família embarcar – mulheres, principalmente, são bem sensíveis a odores estranhos. Se tiver marinheiro, peça que ele faça isso várias vezes por semana – se possível, todos os dias. Dá trabalho? Dá. Mas, acredite, é o jeito mais simples.
Outro recurso é usar um desumidificador, aparelho que diminui a umidade no ar ao condensar o vapor d’água. Nele, o ar é reaquecido e devolvido ao ambiente, enquanto a água retirada do ar é armazenada e, depois, drenada. É uma boa solução para evitar não só os fungos, mas também a corrosão e a ferrugem. Os desumidificadores mantêm a umidade entre 40% e 60%, dentro, portanto, do limite saudável para os seres humanos, e abaixo do nível que favorece a proliferação dos fungos e bactérias. Existem diversos tipos e tamanhos de desumidificadores no mercado e o ideal é usá-los junto com um termohigrômetro, aparelhinho de nome esquisito, mas muito útil num barco, porque “lê” a umidade dos ambientes. Funciona com pilhas e pode ser instalado em qualquer canto.
Porém, o controle da umidade pode ser feito diretamente pelo condicionador de ar (se o seu barco tiver um), dispensando o desumidificador. Já para controlar a umidade em armários e gavetas, não há aparelhinho que dê jeito. Nesse caso, é preciso lançar mão de produtos específicos para isso, como, por exemplo, o AntiMofo da Boat Brill, em forma de spray, ou os saches de silica gel, um material sintético que retém as moléculas de água presentes no ar. A vantagem da sílica gel é poder ser reutilizada, bastando para isso mantê-la por 40 minutos numa temperatura acima dos 100°C.
Espalhar potinhos de sal grosso pela cabine também ajuda a reduzir a umidade, assim como fazer pequenos orifícios nas portas dos armários (ou instalar lâmpadas dentro deles), de forma a ventilar e aquecer esses compartimentos. Vale tudo, enfim, para ganhar a guerra contra a umidade. Afinal, barco parado estraga. E se, além de parado ele ficar fechado, irá estragar mais rápido ainda.
Dicas sobre o que você pode fazer sem sofrer
Evite carpetes e tapetes de tecido a bordo: eles acumulam umidade. O barco pode até ficar mais bonito, mas o risco de mofo dispara.
Há vários tipos de produtos antimofo nos supermercados. São à base de cloreto de cálcio, mas ideais para ambientes menores, como armários. Além disso, duram pouco.
Isole os armários dos costados do casco com cortiça ou qualquer outro isolante térmico. Se possível, instale janelas de ventilação nas portas deles.
Não deixe nenhum objeto molhado dentro do barco, mesmo que esteja apenas úmido. Toalhas e material de mergulho, só se estiverem completamente secos.
Lave periodicamente as roupas de cama, cortinas e outros tecidos internos do barco, porque eles retêm umidade.
De vez em quando, retire também as almofadas e os colchões da cabine e coloque-os ao sol.
Sempre esgote a água do porão. E instale pequenos ventiladores na cabine, pois eles ajudam na circulação do ar.
Considere a possibilidade de instalar um condicionador de ar a bordo. Por gerar ar seco, ele retira a umidade do ambiente.
No combate à umidade, o sol é um grande aliado. Sempre que puder, abra todo o barco e coloque os estofados para fora, para arejar. Se estiver planejando um fim de semana a bordo, passe antes na marina, para fazê-lo “respirar” antes de a família embarcar – mulheres, principalmente, são bem sensíveis a odores estranhos. Se tiver marinheiro, peça que ele faça isso várias vezes por semana – se possível, todos os dias. Dá trabalho? Dá. Mas, acredite, é o jeito mais simples.
Outro recurso é usar um desumidificador, aparelho que diminui a umidade no ar ao condensar o vapor d’água. Nele, o ar é reaquecido e devolvido ao ambiente, enquanto a água retirada do ar é armazenada e, depois, drenada. É uma boa solução para evitar não só os fungos, mas também a corrosão e a ferrugem. Os desumidificadores mantêm a umidade entre 40% e 60%, dentro, portanto, do limite saudável para os seres humanos, e abaixo do nível que favorece a proliferação dos fungos e bactérias. Existem diversos tipos e tamanhos de desumidificadores no mercado e o ideal é usá-los junto com um termohigrômetro, aparelhinho de nome esquisito, mas muito útil num barco, porque “lê” a umidade dos ambientes. Funciona com pilhas e pode ser instalado em qualquer canto.
Porém, o controle da umidade pode ser feito diretamente pelo condicionador de ar (se o seu barco tiver um), dispensando o desumidificador. Já para controlar a umidade em armários e gavetas, não há aparelhinho que dê jeito. Nesse caso, é preciso lançar mão de produtos específicos para isso, como, por exemplo, o AntiMofo da Boat Brill, em forma de spray, ou os saches de silica gel, um material sintético que retém as moléculas de água presentes no ar. A vantagem da sílica gel é poder ser reutilizada, bastando para isso mantê-la por 40 minutos numa temperatura acima dos 100°C.
Espalhar potinhos de sal grosso pela cabine também ajuda a reduzir a umidade, assim como fazer pequenos orifícios nas portas dos armários (ou instalar lâmpadas dentro deles), de forma a ventilar e aquecer esses compartimentos. Vale tudo, enfim, para ganhar a guerra contra a umidade. Afinal, barco parado estraga. E se, além de parado ele ficar fechado, irá estragar mais rápido ainda.
Dicas sobre o que você pode fazer sem sofrer
Evite carpetes e tapetes de tecido a bordo: eles acumulam umidade. O barco pode até ficar mais bonito, mas o risco de mofo dispara.
Há vários tipos de produtos antimofo nos supermercados. São à base de cloreto de cálcio, mas ideais para ambientes menores, como armários. Além disso, duram pouco.
Isole os armários dos costados do casco com cortiça ou qualquer outro isolante térmico. Se possível, instale janelas de ventilação nas portas deles.
Não deixe nenhum objeto molhado dentro do barco, mesmo que esteja apenas úmido. Toalhas e material de mergulho, só se estiverem completamente secos.
Lave periodicamente as roupas de cama, cortinas e outros tecidos internos do barco, porque eles retêm umidade.
De vez em quando, retire também as almofadas e os colchões da cabine e coloque-os ao sol.
Sempre esgote a água do porão. E instale pequenos ventiladores na cabine, pois eles ajudam na circulação do ar.
Considere a possibilidade de instalar um condicionador de ar a bordo. Por gerar ar seco, ele retira a umidade do ambiente.