Brasil conquista duas medalhas no Mundial da Juventude na Malásia

 

O futuro da vela brasileira segue dando alegrias para o Brasil. Neste domingo (dia 3), a Equipe Brasileira de Vela Jovem encerrou sua participação no Mundial da Juventude da Federação Internacional de Vela (ISAF), em Langkawi, na Malásia, com a conquista de duas medalhas. Na classe 420 masculino, Leonardo Lombardi e Rodrigo Luz faturaram a prata. Na RS:X masculino, Brenno Francioli ficou com o bronze.

“Foi um campeonato muito interessante, com muito mais vento do que o previsto e isso não atrasou a programação. Foram regatas bem divertidas, porém difíceis pelas condições inconstantes nas raias. Nosso time andou bem, em especial a dupla da 420 e o Brenno, que tiveram uma semana inspirada. Eles trabalharam muito durante o ano para chegar até aqui”, afirmou o técnico e chefe da delegação brasileira, Bernardo Arndt.

Além das condições complicadas da raia, a dupla da 420 ainda teve de enfrentar um outro desafio: um problema de saúde de Leonardo. O jovem velejador ficou doente assim que chegou em Langkawi. “A resistência baixou por causa da viagem e, com as atividades intensas da competição, ele ficou desidratado, teve insolação e ainda pegou uma gripe. O quadro ficou ruim, fomos quatro vezes ao hospital. Mas talvez a doença tenha feito ele manter o foco e conquistar a medalha”, disse Bernardo.

Leonardo e Rodrigo terminaram em segundo lugar com 37 pontos perdidos. O ouro ficou com os americanos Will Logue e Bram Brakman, com 22 pontos perdidos. Na RS:X masculino, Brenno somou 76 pontos perdidos para ficar com o bronze. O ouro terminou nas mãos do francês Titouan Le Bosq, com 45.

Nas demais classes, o Brasil obteve os seguintes resultados: Antônio Aranha e Alexander Essle ficaram em 10º na 29er masculino, mesma posição de Diogo Zabeu e Otávio Cardoso na Serena 16; Maria Carolina Boabaid terminou em 13º na Laser Radial Feminino; Clara Penteado e Marina Rittscher ficaram em 14º na 420 feminino; Maria Carolina Cruz foi a 15ª na RS:X feminino; Marina Bomeisel e Nicole Buuck terminaram em 22º na 29er feminino; e Ricardo Luz foi o 27º na Laser Radial masculino.

 

INVESTIMENTO NA BASE

Em 2015, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) realizou 11 clínicas, nas mais diversas classes, em cinco estados (Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) e no Distrito Federal, proporcionando uma inédita pluralidade nas ações da Vela Jovem. A confederação apoiou a participação dos velejadores em seis competições internacionais, ajudou na organização da Copa da Juventude, em São Paulo, e custeou a ida dos atletas para o Mundial da Juventude.

Em dezembro, a CBVela realizou a primeira edição da Copa Brasil de Vela Jovem. A competição com sede na Praia de São Francisco, em Niterói (RJ), foi disputada ao mesmo tempo da III Copa Brasil de Vela, campeonato que se tornou o maior evento da vela olímpica na história do Brasil. Foi uma ótima oportunidade para os jovens velejadores conviverem com grandes nomes nacionais e internacionais da modalidade durante uma semana.

“A CBVela tem a Vela Jovem como uma de suas prioridades. Os recursos investidos têm sido utilizados na compra de material, clínicas e participações em campeonatos. É um investimento importante para o futuro da modalidade”, afirmou Bernardo.

SOBRE A CBVELA

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (ISAF) e ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). Tem o Bradesco como patrocinador oficial, BG Brasil como co-patrocinador, a Slam como fornecedora oficial e a Richards como parceira. A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: seis. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 17 medalhas em Jogos Olímpicos.