Memória Minuano: Aventuras pelos mares do Brasil

Na série Memória Minuano de hoje, recordamos a edição de março de 2001 da revista com a matéria “Aventuras pelos mares do Brasil''. 

“Quando os ventos de fim de ano sopram, levam muitos veleiros para longe do porto do Clube. Alguns buscam as águas da Lagoa dos Patos, outros vão mais longe em busca do "grande azul". Todos impulsionados pela vontade de navegar. Há bastante tempo preso às amarras e ainda ter sofrido as agruras de descarga de um raio, o Tuchaua voltou a enfunar as velas pela costa brasileira até Angra dos Reis. A bordo o experiente velejador Márcio Pinto Ribeiro, o Nego Márcio, comandou sua tripulação na qual fez parte o comodoro Manfred Flöricke.

Uma navegada tranqüila, sem estrepolias marinhas até o paraíso de Angra, onde já se encontravam outros barcos com a bandeira do Veleiros do Sul, como o Procelária, do José Carlos Boher, e o Tandi IV, do Alexandre Rosa. Sem falar naqueles associados que já se tornaram moradores fixos. Trocaram o agito da vida em terra pelas baías de Angra, como Haroldo Hochwart. Dizem que às vezes é visto nas baías limpando as praias de ancinho como se fosse o quintal de sua casa.

Há ainda aqueles que passam por Angra, mas continuam subir a costa em busca de outros como o Orion, de Átila Böhm. Segundo conversas de trapiche prepara-se para lançar-se ao Caribe, porém, antes poderá retornar ao Clube para reformas no barco. Também seduzido já há bastante tempo pela vida no mar, o casal José Moeller e Rhéa Carla, do barco Moicano, navegam pelo nordeste. Depois de fazer bonito na regata Recife-Fernando de Noronha de 2000, o Justa Causa, de Luiz Achylles Bardou, está em Natal e por enquanto não quer saber nada com o Sul. O seu comandante já tem planos para o próximo ano correr a Regata Brasilis entre Vitória, a Ilha de Trindade e Eldorado do Sul.

E a nossa "família aventura" a Niedermeier que está no mar há dois anos a bordo do Plankton. O casal Fernando e Míriam e os filhos Erik e Katie navegam pela costa brasi leira e já "moraram" em alguns dos principais pontos do litoral tupiniquim. Fernando de Noronha foi o porto mais extremo da navegada. A Família já começou o retorno a Porto Alegre, bem devagar, a previsão de chegada é para agosto. Dizem que chegou o momento de trabalhar de novo. Só não sabem se conseguirão viver em terra.

Tem também uma turma que foi para bem longe e tão cedo não deve voltar. Enfeitiçados pelo Caribe, lá ficaram o Charrua, de Marcelo Aaron, o Garimpeiro, de Gilberto Carvalho, e Maravida, do Mauro Penter. Mas isso é assunto para outra edição.”