Pipo Grochtmann encerrou sua participação no Mundial da classe Laser. Robert Scheidt conquista vaga para Olimpíada
Philipp Grochtmann (foto), do Veleiros do Sul, terminou sua participação no Mundial da classe Laser Standard nesta terça-feira no Japão. Ele ficou em 91º na classificação geral entre 156 competidores na sua estreia no Mundial de Laser. Valeu Pipo!
Tiago Campante/CBVela
O bicampeão olímpico Robert Scheidt atingiu nesta terça-feira, dia 9, o índice técnico para integrar a equipe brasileira nos Jogos de Tóquio 2020. O velejador brasileiro terminou sua participação no Campeonato Mundial da classe Laser em 12º lugar, em Sakaiminato, no Japão. Assim, cumpriu o critério de seleção, ficando dentro do top 18 da competição e tornando-se elegível para defender o país em mais uma edição dos Jogos.
“Saio do Japão com a sensação de missão cumprida. Consegui terminar em 12º, com muitos altos e baixos. O lado positivo é que eu consegui fazer o índice proposto pela CBVela, que era o top 18 no Mundial, Não que me garanta o posto nos Jogos Olímpicos, mas já é um bom passo, já fico elegível. Tem muitos detalhes da minha velejada para aprimorar a fim de atingir o objetivo de andar no top 5, no top 3. Esse vai ser o objetivo nos próximos meses”, disse Robert, que em agosto disputa o Evento-Teste Enoshima 2019, na raia dos Jogos de Tóquio 2020.
O resultado no Mundial deixa Scheidt muito perto de disputar os Jogos pela sétima vez, um feito sem precedentes no esporte brasileiro. De acordo com o critério estabelecido pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela) com suporte do Conselho Técnico da Vela (CTV), a única possibilidade de outro velejador ficar com a vaga brasileira para Tóquio na Laser é subindo no pódio do Mundial da classe em 2020.
Robert já é, ao lado do também velejador Torben Grael, o maior medalhista olímpico do país, com cinco pódios: dois ouros na Laser (Atlanta-1996 e Atenas-2004); duas pratas, sendo uma na Laser (Sydney-2000) e uma na Star (Pequim-2008); e um bronze na classe Star (Londres-2012).
Nesta terça-feira, o brasileiro obteve um 21º e um 32º lugares nas duas regatas disputadas. Assim, terminou o Mundial com 122 pontos perdidos. O pódio foi dominado pela Oceania. O australiano Tom Burton ficou com a medalha de ouro (59 p.p.), seguido pelo compatriota Wearn Matthew (63 p.p.). O neozelandês Gautrey George conquistou o bronze (69 p.p.).
Outro destaque do Brasil no Mundial foi Bruno Fontes, que venceu a última regata da competição e acabou em 25º lugar na classificação, com 160 pontos perdidos. João Pedro Souto de Oliveira ficou em 37º (201 p.p.) e Philipp Grochtmann terminou em 91º (297).
A classe Laser é tradicionalmente uma das mais concorridas, e o Mundial 2019 conta com um total de 156 competidores inscritos.