Vento forte em Ilhabela causou avarias. Madrugada lidera na Clássicos e Crioula29 é segundo na ORC
As disputas da 46ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela esquentaram nesta quinta-feira (18), com as primeiras regatas barla-sota. E, além da briga pelas posições, as equipes tiveram como desafio o vento inconstante soprando de leste, com rajadas de até 22 nós em alguns momentos. A condição mais severa do clima levou a quebras e avarias de alguns barcos.
Os representantes do Veleiros do Sul continuam na briga entre os primeiros colocados. Na classe ORC, o Crioula29, de Renato Plass, está em segundo lugar, mas empatado com o líder, Krishna Pajero, de Eduardo Souza Ramos, em 8 pontos cada um. Hoje o Crioula29 venceu a terceira regata e ficou em segundo na quarta. Na classicos, o Madrugada, de Niels Rump, mantém a liderança. Uma só regata foi realizada e o barco gaúcho chegou em terceiro. E na classe C30, o Loyalty 06, de Alexandre Leal, chegou em primeiro lugar na quarta regata e se mantém na quinta posição.
Para a flotilha da HPE-25, a Semana de Vela começou agora. A classe tinha na conta apenas a regata Renato Frankenthal, que não conta pontos para a classificação geral. Por isso, a entrada do vento mais forte foi comemorada pelos velejadores.
Estabilidade dos Clássicos contra o vento forte
Os barcos maiores e mais “sólidos” da categoria dos Clássicos acabaram favorecidos na missão de enfrentar o clima severo. Marco Dippolito, comandante do Vendetta, elogiou o desempenho do barco nas regatas desta quinta. “Um tempo como o de hoje privilegia os barcos mais pesados, como o nosso. Apesar de ser um barco antigo, performa bem em condições de vento forte. O clima exigiu bastante da tripulação e pudemos nos divertir”, contou Marco. “E temos aqui o nosso Harry nos acompanhando (o cachorro da raça golden retriever já é figura conhecida na ilha). Quando tem muito vento, o Harry se coloca no cockpit, que é uma área um pouco mais baixa e abrigada, e fica no meio das pernas das pessoas. Assim ele se sente abrigado, e já está acostumado”.
Equilíbrio na C-30
Na classe C-30, a briga pelas primeiras posições é acirrada, jogando a decisão para o último dia. O Caballo Loco de Mauro Dottori segue bem colocado na disputa.
“Aqui na Ilha é o vento é 8 ou 80. Num dia não tem nada, no outro mais ou menos, no outro nem regata tem. E hoje entrou um pouco mais de vento aí na faixa dos 15 aos 22 nós, até rajadas um pouquinho mais fortes. Hoje foi o dia para treinar muito com esse tipo de vento. O Caballo não foi mal, ficou em segundo em uma raia muito bonita, onde se podia ver tudo. Obviamente que, com esse vento forte, alguns incidentes ocorrem, algumas velas rasgam, quebraram a retranca de alguns C-30, teve barco que quebrou o mastro, são coisas da regata. Hoje a adrenalina foi a mil, e agora vamos esperando que amanhã vai ser melhor ainda”, analisou o comandante Mauro Dottori.
Vento forte provoca avarias
Com o clima mais severo desta quinta-feira (18), alguns veleiros sofreram avarias. O Vó Monik, da categoria Clássicos, e o Felcidue, da ORC, tiveram seus mastros quebrados. O argentino Nautico II, também da ORC, passou momentos tensos em alto mar. Depois de levar uma batida de outra embarcação, ficou com um buraco no casco e a água invadiu o barco.
Resultados