VDS mais uma vez se destacou na Semana de Vela de Ilhabela. Madrugada é bicampeão nos Clássicos e Crioula vice-campeão na ORC
Mais uma edição que o Veleiros do Sul se destacou com seus representantes na Semana de Vela de Ilhabela. Na classe ORC, o Crioula, de Renato Plass, ficou em segundo lugar e até o final tinha chance de vencer a competição. Em IIhabela, o Crioula confirmou o título de bicampeão sul-americano da classe S40. A primeira etapa ocorreu no Uruguai no Circuito Altântico Sul em janeiro. Na classe Clássicos, O Madrugada, de Niels Rump, foi o campeão pela segunda vez consecutiva, Na classe C30, o Loyalty 06, de Alexandre Leal terminou na quinta posição.
YCIlhabela
A merecida premiação aos vencedores consagrou as equipes que conseguiram se destacar em uma semana marcada por regatas de ventos muito fracos no início, um dia de tempestade, que impediu as regatas, e outro de ventos fortes e mar muito revolto. No último dia de competição mais um desafio, com ventos fracos e regatas decisivas.
Na principal classe da competição, o Eduardo Souza Ramos, no comando do Pajero, voltou à Semana Internacional de Vela de Ilhabela para conquistar o seu 11º título. Mas a vitória não veio fácil. O barco protagonizou o duelo mais acirrado da semana com o Crioula, de Renato Plass, na classe ORC, dando o tom da competição. Só garantiu a vitória neste sábado (20), com as últimas duas provas.
Neste sábado, sob vento fraco, abaixo de 5 nós em alguns momentos, a comissão de regatas conseguiu realizar duas regatas para as classes ORC, IRC e HPE-25. As demais classes tiveram apenas uma regata para decidir o título.
Entre o Pajero e o Crioula, campeões da Semana de Vela em 2017 e 2018, respectivamente, a disputa foi equilibrada do início ao final. O Pajero manteve a regularidade e venceu as provas deste sábado (20), acumulando quatro vitórias, dois segundos lugares e um terceiro lugar.
“Foi uma competição incrível! Estou muito feliz por tudo e espero continuar competindo por muitos anos aqui na Semana de Vela. A sensação é ótima”, comemorou Eduardo Souza Ramos. ” O último dia de regatas foi bem comprido. Foi o dia em que a comissão de regatas conseguiu fazer duas provas, uma no sul e outra no leste. Vencemos as duas, e foi um excelente final de competição”, completou o tripulante Ricardo Costa.
O Crioula, com o atleta olímpico Samuel Albrecht a bordo, teve desempenho parecido. A equipe campeã de 2018 manteve-se “na cola” do líder durante toda a competição. “Foi uma semana ótima, bem disputada. Tivemos uma briga muito bonita com o Pajero. No fim eles levaram a melhor e estão de parabéns”, disse Fabrício Streppel, do Crioula.
Virada emocionante na IRC
O Rudá começou o dia com a missão de tirar os dois pontos de desvantagem para o líder Inaê 40. Mas foi o Danadão quem venceu a primeira prova do dia, assumindo a liderança. A decisão, de virada, foi levada até a última perna no popa já na chegada.
“A disputa de hoje foi incrível. O Inaê estava velejando super bem, e o Danadão é o barco dos atuais campeões brasileiros. Na última regata conseguimos cruzar a chegada apenas quatro segundos antes do Danadão e foi muito emocionante. Foi uma das Semanas de Vela mais incríveis que já tivemos”, festejou o comandante Mário Martinez.
Classe mais numerosa na Semana de Vela, com uma flotilha de 25 barcos ocupando as raias de Ilhabela, a RGS teve disputas acirradas nas três categorias, A, B e C, com os os primeiros colocados muito próximos um do outro na classificação geral. No geral, o campeão foi o Zeus de Paulo Fernando de Moura. O time ainda chamou a atenção por ser o mais festeiro da competição.
Bicampeonato e homenagem ao ícone da vela entre os Clássicos
O Madrugada conquistou o título da competição entre os Clássicos pelo segundo ano consecutivo, após mais uma campanha impecável, liderando a disputa de ponta a ponta. O barco comandado por Niels Rump é considerado um dos ícones da vela oceânica brasileira. Desta vez, a tripulação viveu a experiência de receber como troféu uma réplica do modelo do seu próprio veleiro.
“Esta semana foi muito emocionante para nós, por termos tido o barco homenageado pelo evento. É muito bom ter essa conquista, ajudando a incentivar as novas gerações a velejar”, destacou o comandante Niels Rump.
Vitória caseira na C-30
O título da C-30 ficou em casa. O Caballo Loco liderou a competição de ponta a ponta. Mas travou uma disputa bem equilibrada com o Kaikias e o Katana. Neste sábado (20), garantiu a vitória com um quinto e um segundo lugar nas últimas regatas.
Mauro Dottori, comandante do barco e diretor de vela do Yacht Club de Ilhabela, falou sobre o final da competição e fez um balanço da Semana de Vela. “A regata de hoje foi difícil. Tivemos um vento sul entrando pelo canal no começo da prova, um vento muito fraco. A segunda prova praticamente foi anulada para os C-30 e os HPE-25. Aí o Cuca, como sempre com uma fé impressionante, cheirando o vento, levou a gente para o leste e conseguiu fazer uma última regata, com vento soprando em 12 ou 13 nós”, explicou Mauro. Na tripulação do Caballo Loco também estava os gaúchos George Nehm e Marcos Pinto Ribeiro.
Domínio consolidado na HPE-25
Favorito ao título, o Ginga conquistou o sexto título da Semana Internacional de Vela de Ilhabela. A equipe liderada por Breno Chvaicer teve como trunfo o entrosamento, a técnica e o conhecimento das raias de Ilhabela, e conseguiu manter a regularidade durante toda a semana.
“O que mais pesou para a nossa vitória foi essaa regularidade. Ganhamos apenas duas das seis regatas. Mas, em compensação, fizemos três segundos lugares e um terceiro”, apontou o comandante Breno Chvaicer.
Duas décadas depois, bicampeonato na Bico de Proa
O Bacanas IV retornou à Ilhabela após mais de vinte anos para vencer todas as regatas da Semana de Vela e ficar com o título da competição, na classe Bico de Proa A. A vitória teve um significado especial para a tripulação, campeã do evento em 1994. “Faz mais de vinte anos que estivemos aqui da última vez e gostamos muito desta competição. A comissão de regata é boa pra caramba, fazendo a largada na hora certa, na raia certa. Não tem como dar errado, tivemos ótimas provas”, elogiou o comandante Christian Lundgren. “Havia um barco mais veloz que o nosso, mas compensamos nas manobras e nas táticas. Gostamos muito das velejadas aqui.”
Na categoria Bico de Proa B, o H2Orça de Hilpert Zamith foi o campeão. E o Newport de Ruy Mendes Vita confirmou o favoritismo na Bico de Proa C, com três vitórias e dois segundos lugares.
Estreia
A classe Mini Transat 6.50 foi a estreante da 46ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela. Os barcos de apenas 21 pés, próprios para longas travessias oceânicas e resistente às condições mais severas do clima, mostraram bom desempenho nas raias da ilha. O título ficou com o Daddy-O, de José Carlos Rodrigues de Souza, o Crispim, presidente da categoria no Brasil.