Navio da USP chega para dinamizar pesquisa oceanográfica brasileira

 

Da Redação da www.nautica.com.br
Com informações do jornal O Estado de São Paulo

Um navio oceanográfico de 64 metros, 972 toneladas e muita tecnologia embarcada vai permitir que os cientistas explorem águas mais distantes e mais profundas não apenas ao longo dos mais de 8 mil quilômetros da costa brasileira, mas também em mares internacionais. Adquirido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Universidade de São Paulo (USP), o Alpha Crucis tem capacidade para acomodar mais de 20 pesquisadores e autonomia para passar até 70 dias no mar, sem reabastecimento.


O diretor do Instituto Oceanográfico da USP, Michel Mahiques, comemora: “Para nós é um momento de glória. Um momento de mudança de paradigma, de uma oceanografia quase que exclusivamente costeira para uma oceanografia de grande escala”. O biólogo Frederico Brandini, pesquisador do Instituto e que coordenará o primeiro cruzeiro científico a bordo da nova embarcação – previsto para o início do segundo semestre – complementa: "Até agora só fazíamos oceanografia doméstica, perto da costa. Agora temos um navio que pode ir até a África se quisermos. Podemos fazer pesquisa de caráter internacional”.


O Alpha Crucis, construído há 39 anos nos Estados Unidos especificamente para pesquisa oceanográfica, custou US$ 4 milhões, pagos pela Fapesp, mais uma reforma de US$ 7 milhões, divididos entre a Fundação e a USP, que é a dona do navio, embora ele esteja a serviço de toda a comunidade científica nacional. A embarcação tem quatro laboratórios, vários guinchos e guindastes e uma série de instrumentos científicos de última geração, incluindo sondas capazes de mapear o leito e o subsolo oceânico.