Manutenção das hidrovias garante qualidade na navegação

Fonte: SPH

Garantir a segurança da navegação é uma das mais importantes tarefas da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH). No último trimestre, a Divisão de Operação e Fiscalização (DOF/SPH) intensificou as atividades de recuperação dos sinais qualificando as condições para a navegação na principal hidrovia do Estado.


De acordo com o chefe do setor, o engenheiro Edson Machry, o trabalho de recuperação dos sinais é constante. “Esta é uma atividade que fazemos sempre, mas este ano estamos conseguindo executar um trabalho que há algum tempo planejávamos, que é restabelecer o índice de eficácia da sinalização definido pela Marinha do Brasil”, explicou.
A meta, segundo Machry, é executar manutenção em todos os sinais náuticos da hidrovia Porto Alegre-Rio Grande, seja ela corretiva ou preventiva.

De abril a junho, os técnicos da SPH realizaram 81 intervenções em sinais náuticos em quase 300 quilômetros de extensão de hidrovia. No trecho entre o Delta do Jacuí e o Canal do Setia, em Rio Grande, a equipe trabalhou na remoção de alguns equipamentos e também em consertos executados no local onde as boias estão instaladas. “Parte dos equipamentos foram levados para oficinas da SPH, mas outros precisaram ser consertados no local.”, disse o engenheiro Reinaldo Gambim, responsável pelo serviço de manutenção.

MANUTENÇÃO - Gambim informou que a recuperação dos equipamentos é feita com mão de obra própria. Naqueles que não podem ser retirados da hidrovia, o trabalho conta com embarcação e equipe capacitada. “A manutenção é muito mais complexa do que se imagina, pois os sinais náuticos não contam apenas com a estrutura que fica na superfície”, disse. “A parte fundamental para seu posicionamento no canal fica submersa e, para mantê-as, é preciso muita técnica e prática por parte de quem vai executar o serviço”


Segundo o engenheiro, a manutenção dos sinais náuticos é permanente e a Marinha do Brasil fiscaliza periodicamente, em especial da localização dos equipamentos nos pontos mais críticos dos canais. “A recuperação destes sinais implica não apenas na troca dos equipamentos, mas na sua restauração com jateamento e pintura, bem como instalação de novos sistemas de segurança para que se mantenham no canal após o reposicionamento”, explicou.

VISTORIAS – Conforme relatório da DOF, nos últimos dois meses foram feitas cinco vistorias, sendo duas delas durante a noite, para garantir as características do projeto para balizamento noturno. As boias luminosas contam com placas solares que garantem o abastecimento das lanternas.

Em alguns trechos do sistema hidroviário mantido pela SPH estão sendo utilizadas boias de PEAD – polietileno de alta densidade - com a anuência da marinha. Entre os pontos que receberam estes equipamentos estão parte da hidrovia do Delta do Jacuí, em Porto Alegre, e Canal de São Gonçalo, em Pelotas.

No Delta do Jacuí foram reposicionados 13 sinais. Nos Canais Navegantes e Gravataí, foram 10 intervenções, todas para recolocação dos novos equipamentos.

QUALIFICAÇÃO
O superintendente de Portos e Hidrovias, Pedro Obelar ressalta que a manutenção permanente da sinalização nas hidrovias garante uma navegação segura para os cargueiros que chegam até o porto de Porto Alegre. “E neste sentido não estamos tratando apenas da navegação de longo curso ou de cabotagem, que conta com navios de grande porte. Estamos falando da navegação interior, que movimenta uma quantidade expressiva de produtos e que poucas pessoas reconhecem sua importância”, avalia. “A recuperação dos sinais náuticos tem este objetivo, manter as hidrovias em plenas condições de navegação.”

Fotos: Reinaldo Gambim/DOF