Skandia: Fortes ventos atrapalham cronograma de regatas na raia da Olimpíada de 2012

 

Ventos atingiram 40 nós nesta quinta-feira (7) no Skandia Sail for Gold. Mesmo com tempo ruim, Brasil coloca quatro barcos entre os 10 primeiros

Por ZDL Comunicação

São Paulo (SP)- A previsão se concretizou em Weymouth nesta quinta-feira (7) no último teste da vela antes da Olimpíada de 2012. Os ventos fortes (40 nós, cerca de 74 km/h) dificultaram a realização das regatas no quarto dia da Skandia Sail for Gold, na raia onde serão disputados os Jogos. A organização procurou uma área mais abrigada e fez uma prova de cada classe por vez, já que o espaço era pequeno. A classe Star, com o brasileiros tricampeões mundiais Robert Scheidt e Bruno Prada, não correu. As classes que conseguiram largar chegaram à parte final do cronograma, como RS:X e 470, que contam com atletas do País entre os 10 melhores da flotilha.

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Líderes da Equipe Brasileira de Vela, a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada ficou mais de oito horas na água esperando o melhor local para a realização da prova, mas foi em vão. A Comissão de Regatas cancelou as provas do dia por causa dos ventos. Também choveu muito na cidade inglesa nesta quinta-feira. Com isso, os dois se mantiveram em segundo lugar atrás dos britânicos Iain Percy e Andrew Simpson em seis regatas.

"Faz parte ficar esperando tanto tempo para correr, mas é a decisão mais segura da organização. Essa competição é importante para testar a raia, mas o resultado não", reforça Bruno Prada. A medal race deverá será mesmo no sábado (9), mas a previsão para sexta(8) é de ainda mais vento e chuva em Weymouth. "Para nós quanto mais regata melhor, já que temos mais chance de treinar na raia olímpica", emenda Robert Scheidt.

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Na RS:X, os brasileiros Patrícia Freitas e Ricardo ‘Bimba’ Winicki continuam com bons resultados. Agora, Bimba já está entre os 10 primeiros após um 7º e um 13º nesta quinta-feira. O cronograma já atingiu oito regatas. O treinador dele, Fernando Pasqualin, informa que os seguidos treinos na raia de Weymouth são fundamentais para o bom rendimento do atleta.

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"Geralmente nós treinamos em Búzios (RJ) com ventos fortes e esse treinamento específico ajuda muito. Porém nem sempre conseguimos simular as condições exatas da raia olímpica. Com a intenção de se adaptar às condições de Weymouth, este já é o quarto ano em que estamos treinando na Inglaterra e ainda teremos mais uma sessão de treinos nesta mesma raia antes dos jogos", acrescenta o treinador de Bimba.


Sobre os fortes ventos, Fernando Pasqualin reforça: "Velejar nestas condições exige muito do material e dos atletas, sendo que as velocidades atingidas pelas pranchas quase que dobra. Sem dúvida é um desafio para quem está velejando e um espetáculo para quem está assistindo". As pranchas de windsurf olímpico chegam a atingir velocidades de 30 nós, o que é aproximadamente 54 quilômetros por hora. Nessas condições os músculos mais exigidos são os da perna. "Para segurar a prancha na água é preciso fazer muita força", finaliza Pasquilin.


Patrícia Freitas permanece em sexto lugar na RS:X, após ficar em 11º lugar na única regata do dia. A atleta está próxima da zona de medalha. A liderança é da polonesa Zofia Noceti, que pode ser campeã sem a necessidade de correr a medal race.


Na 470, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan continuam próximas da medal race. Em 11º, as brasileiras classificadas para a olimpíada conseguiram um 5º e um 11º lugares nesta quinta-feira. Oito pontos separam as gaúchas das italianas Giulia Conti e Giovanna Micol, que estão em 10º lugar. As também brasileiras Martine Grael e Isabel Swan ocupam a terceira colocação no geral.


Na Laser Radial, Adriana Kostiw, que corre na flotilha ouro, ocupa a 33ª colocação geral. Na Laser Standard, Bruno Fontes é 23º. Na Finn, o paulista Jorge Zarif é o 20º após sete regatas. O atleta paulista estreia um barco novo em Weymouth e chegou a ficar em nono lugar em duas regatas, mostrando evolução


A vela nas Olimpíadas -
Como é comum nas Olimpíadas, a competição de vela não será na cidade-sede dos Jogos de Londres. As regatas estão marcadas para a cidade de Weymouth, na costa sul da Inglaterra. O local é a sede da Academia Nacional de Vela, o principal centro da modalidade no País.

A disputa começa no dia 29 de julho e termina apenas no dia 11 de agosto, com a final do Match Race feminino. As medal races para as demais classes serão realizadas entre os dias 5 e 9 de agosto.


A Confederação Brasileira de Vela e Motor tem o patrocínio do Bradesco por meio da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal, e apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Travel Ace.