Itajaí está pronta para receber Volvo Ocean Race

Fonte: ZDL

Está quase tudo pronto para a Parada de Itajaí da Volvo Ocean Race. O maior evento de vela oceânica do mundo receberá mais de 150 mil pessoas a partir do dia 4 de abril na cidade catarinense e a estrutura já está em processo final de montagem. A organização recebeu, em mais de 100 containers vindos da China, o material para deixar impecável a Vila da Regata com atrações que vão de cinema 3D a simulador de regatas. Até o fim de semana, os profissionais da área devem finalizar a instalação. Já os barcos que disputam a aventura chegam ao Brasil no final da semana que vem, caso não ocorra nenhuma avaria.

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Nesta terça-feira (27), os representantes do Comitê Organizador da Parada de Itajaí receberam a imprensa para apresentar a Vila da Regata e todas as ações esportivas, de sustentabilidade e de turismo relacionadas a Volvo Ocean Race. As autoridades presentes garantiram que as exigências do caderno de encargos foram cumpridas e a cidade pode sediar em grande estilo a regata.

"Itajaí e o Brasil estão de parabéns pela capacidade de organização e por seguir todas as incumbências desse evento. Desde 2010, quando a cidade foi escolhida, muita coisa mudou para melhor. Tenho certeza que a Parada será do mesmo nível das outras já realizadas", relata Ola Astradsson, organizador da Volvo Ocean Race.

A expectativa é de que a parada traga benefícios para a cidade: em 2008, o impacto econômico positivo na cidade de Galway, na Irlanda, foi de U$ 58.8 milhões. O nome de Itajaí também será mostrado ao mundo pelo fenômeno de comunicação da Regata de Volta ao Mundo, que espera atingir 3 bilhões de pessoas nesta edição.

"O envolvimento da população no evento foi fundamental para chegarmos até aqui. O engajamento é verificado em partes fundamentais para o desenvolvimento do município. É uma oportunidade de ouro, como se fosse a Copa do Mundo de futebol. Tudo isso deixará um legado para a região e mostrará que o povo catarinense tem capacidade de organização", explica o presidente do Comitê, Amílcar Gazaniga.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, acrescenta que o evento mostrará para o Brasil e para o mundo as potencialidades do catarinense, principalmente no setor de meio-ambiente.

"Tiramos mais de 5,5 toneladas de lixo do rio Itajaí para a Volvo Ocean Race. Esse é mais um exemplo. Todas as ações são a longo prazo e vão beneficiar a população. O objetivo é envolver mais a população e mostrar que sabemos cuidar dos nossos recursos hídricos".

A escolha de Itajaí para sediar a única parada da VOR na América do Sul foi motivada pela localização privilegiada do município, inserido no centro de um grande pólo populacional, próximo ao Balneário de Camboriú e a apenas sete quilômetros do Aeroporto de Navegantes, a 81 quilômetros do Aeroporto de Joinville e a 106 quilômetros do Aeroporto de Florianópolis. O fato da cidade possuir uma boa infraestrutura portuária e também infraestrutura para apoio às embarcações nos estaleiros e demais empresas ligadas a indústria náutica também pesou na escolha de Itajaí para ser a parada da América Latina.

O staff da Volvo Ocean Race também fez nesta terça-feira uma simulação de resgate, que contou com profissionais, especializados, helicóptero e médicos. O procedimento é padrão em todas as paradas.


Equipes estão definindo melhor trajeto rumo à Itajaí - O Groupama é o atual líder do trajeto até a cidade catarinense e acabou de passar pela "zona de gelo" determinada pelos organizadores para evitar imprevistos ao norte da Antártica. Bem próximo está o Puma, que pretende recuperar-se no campeonato.

Enquanto isso, o Camper decidiu encarar uma rota em direção ao Chile, para fazer reparos no casco e retomar o caminho para Santa Catarina o mais breve possível. Quem também teve problemas no casco foi o Telefónica, primeiro colocado na classificação geral. O barco espanhol vem navegando devagar e fará uma parada na Argentina, no porto de Ushuaia buscando também uma vantagem sobre os demais competidores na definição da quinta perna.

O Sanya já está em Tauranga, na Nova Zelândia, para fazer os reparos necessários na estrutura do VO70. Por conta disso, o comandante Mike Sanderson anunciou que eles irão direto para Savannah, nos Estados Unidos, e não disputarão a sexta perna (Itajaí-Miami).

"Estamos um pouco chateados, mas tentamos manter a mente ocupada e nos concentrar no que existe de agora em diante. Nós faremos acontecer e estaremos de volta antes que possam imaginar", afirmou o neo-zelandês.

Na última posição da quinta perna está o Abu Dhabi, que pretende cruzar o arquipélago da Terra do Fogo, sul do Chile, até este domingo (1).