Brasil termina em sétimo no evento-teste da vela para olimpíada de 2012


Por Flávio Perez - ZDL

No último dia de regata, os campeões Robert Scheidt e Bruno Prada chegaram em quarto na medal race

Weymouth (Inglaterra) - A delegação nacional deixou Weymouth, cidade que receberá a vela na Olimpíada de 2012, com a sensação de dever cumprido. A equipe brasileira chegou a quatro finais no evento-teste e terminou na sétima colocação no quadro geral de medalhas, com uma de ouro. A Holanda foi a grande campeã com cinco medalhas, sendo três de ouro. A Grã-Bretanha ficou em segundo com seis conquistas, mas apenas uma de ouro.
Além do primeiro lugar antecipado de Robert Scheidt e Bruno Prada, a dupla Fernanda Oliveira e Ana Barbachan terminou em quinto na 470. Na mesma colocação ficou Bruno Fontes, velejador de Laser. Todos ficaram próximos de subir ao pódio na competição marcada pelo frio e por ventos fortes.

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Na prancha à vela, Ricardo Winicki disputou a medal race e acabou em 10º, provando que pode brigar por medalha no ano que vem. Já a jovem Patrícia Freitas terminou o campeonato de RS:X em 11º, mas com nítida evolução técnica.
Nas outras classes como Finn, Laser Radial e 470 masculino, os brasileiros rivalizaram de igual para igual com os melhores do mundo e projetam melhorar a posições nas próximas competições.
"Os nossos velejadores fizeram um bom papel, principalmente a dupla da Star, e essa estrutura multidisciplinar será repetida no mundial envolvendo todas as classes", revelou Cláudio Biekarck, chefe da equipe brasileira de vela.
O desafio mais importante do ano será o Mundial de Perth, na Austrália. O evento classificará os países para a Olimpíada de 2012. Para o campeonato da Oceania, o Brasil levará a mesma equipe de profissionais que esteve em Weymouth. O staff verde e amarelo contou com fisioterapeuta, massagistas, meteorologista, consultor de regras, barqueiros e treinadores para todas as classes.

Regata da medalha da Star
- Mesmo com o título garantido, a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada disputou a medal race. Para não fugir a regra, mais um resultado positivo. O quarto lugar na prova final, mesmo com uma penalidade, mostrou o domínio dos brasileiros no campeonato do começo ao fim. A parceria soube aproveitar bem o regime de ventos, superior a 15 nós, nas 11 regatas realizadas.
A prata em Weymouth ficou para os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson (20 pontos atrás dos brasileiros) e o bronze para os poloneses Mateuzs Kusznierewicz e Dominik Zycki (25 pontos atrás).
"O resultado superou as expectativas. A gente imaginava fazer um bom papel, mas vencer dessa maneira com uma grande vantagem e sem a medal race foi surpreendente", disse Robert Scheidt, que projeta ganhar a vaga do Brasil no Mundial.
Para Bruno Prada, vencer pela segunda vez em menos de um ano na raia olímpica é motivador, mas o proeiro fez um alerta. "Estamos felizes, mas não podemos parar. Os adversários certamente irão dobrar os treinos até a Olimpíada", explicou.
No calendário dos líderes do ranking mundial da classe estão semanas de treinamento no Lago di Garda, na Itália e competições pela Europa até o Mundial de Perth.
O evento-teste foi uma simulação do que deve ocorrer durante a disputada dos Jogos Olímpicos em 2012. A competição contou com os melhores do ranking mundial em oito classes. O campeonato teve 378 velejadores de 44 países. O Brasil foi representado por 11 atletas na 470 (masculino e feminino), Finn, Laser, Laser Radial, Star e RS:X (masculino e feminino) e não disputou as classes 49er e Match Race. A Confederação Brasileira de Vela e Motor tem o patrocínio do Bradesco e da CPFL Energia.