Na costa brasileira, Coville continua a frente do recorde mas encontra dificuldades

 

 

Por Flavio C. D’Almeida
Da redação da www.nautica.com.br


A bordo do trimarã de 105 pés Sodeb’O, Thomas Coville está satisfeito em finalmente ter ultrapassado o recorde parcial no último domingo, mas também está preocupado com as dificuldades a sua frente. Nuvens baixas, céu escuro e condições marítimas piorando devido a tempestade na zona de baixa pressão na costa brasileira. “Não me sinto muito bem para ser sincero. Estou surpreso que o mar já esteja tão ruim”.

A zona de baixa pressão apareceu na ponta do Cabo Frio, no leste do Rio de Janeiro. “Se aproxima rápido e o céu escurece”, disse Coville. “Admito que temi estas condições por diversos dias. Pela primeira vez desde que comecei, me encontro de alguma forma no limbo em relação ao clima”. “Os modelos meteorológicos que trabalhávamos não estão precisos, então teremos que improvisar usando aquilo que temos”.

Coville vem velejando no contravento e desafiando as condições meteorológicas desde o Cabo Horn, e a situação depois desta zona de baixa pressão continua incerta, como normalmente acontece nos trópicos. O calor tende a romper os padrões e, por enquanto, os ventos alísios estão difíceis de serem previstos na extremidade nordeste do Brasil e pela passagem na linha do equador, esperada para o final de semana.

O francês Thomas Coville busca estabelecer um novo recorde de volta ao mundo velejando. Ele começou sua tentativa no dia 29 de janeiro e precisa cruzar a linha de chegada em Ushant, na França, até 28 de março para quebrar o recorde (57 dias, 13h e 34min) de Francis Joyon a bordo do trimarã de 97 pés IDEC.

Saiba mais sobre a tentativa de Thomas Coville no site oficial do Sodeb'O.