Diário de Bordo: sempre em frente

A bordo do veleiro Papillon, os associados Vitor Pereira e Ana Mäler partiram em abril do VDS para o mundo. Com a pretensão de desfrutar diferentes destinos e curtir a vida no barco, o casal vive experiências espetaculares e, claro, acumula muitas histórias para contar. 

Confira abaixo o relato do casal sobre os últimos meses, após a saída de Itajaí, e viva um pouco deste sonho com eles: 

“Deixamos Itajaí por Bombordo…

O que dizer de uma cidade que se modernizou para receber a Volvo Ocean Race?

Foi difícil deixá-la para trás… Um belo calçadão, bons restaurantes, uma marina excelente fora as amizades que ali fizemos.

Tínhamos uma previsão de parada para ajustes em nosso veleiro, afinal tudo que fizemos e instalamos precisava ser testado e certamente ajustes seriam necessários, porém Itajaí foi algo a mais que uma simples parada técnica, pois a Marina é um condomínio com várias famílias morando a bordo.

A vida de marina tem lá seus encantos, ainda mais em uma cidade charmosa e com tantos recursos, porém a vida que escolhemos é para seguir adiante, e então foi o que fizemos em 12 de junho.

Saímos bem cedinho e fizemos um traslado tranquilo para São Francisco do Sul, cidade histórica com sua primeira presença em 1504 por uma frota Francesa que ali esteve.

Ficamos em uma poita no centro da cidade, visual incrível quase como uma paisagem européia, pois o conjunto é tombado pelo IPHAN e está em bom estado.

São Francisco tem muito charme pois tem muita história e também uma modernidade jovem que desponta por alguns restaurantes e cafés em  estilo contemporâneo.

Em época de pandemia, tivemos a decepção de não poder visitar o Museu do Mar e todo aquele acervo incrível de barcos que por lá está atrás dos frios portões fechados desde março de 2019.

Após explorarmos os cantos e recantos de SFS, decidimos entrar mais pela Baía de Babitonga e atracamos em Joinville (JIC), fantásticas instalações onde fomos recebidos com muito carinho e atenção. Encontrar um clube ou uma boa marina durante um percurso longo é sempre reconfortante, pois são lugares que podemos repor água potável, combustível, fazer supermercado, etc …

Pouca gente sabe que Joinville é próximo ao mar, deve se cuidar a tábua de marés, que tem um enorme potencial para barcos de esporte e lazer, além de ter um Iate Clube alinhado com suas demandas. Sem dúvida um belo lugar a ser visitado por nós velejadores do sul do país.

Após recuperarmos as energias é chegada a hora de zarpar uma vez mais e estamos descobrindo que essa acaba sendo a parte chata da viagem. Deixar amigos que fizemos em cada porto não é tarefa simples e ainda estamos aprendendo a lidar com esse sentimento.

Novo zarpe, dessa vez com destino a Baía de Paranaguá... Confesso que iria passar reto por aqui, mas um amigo que gosto muito insistiu que deveríamos fazer essa parada e então ajustamos o rumo e adentramos o Canal da Galheta em meio a grandes navios, com direito a correnteza forte e uma beleza rara de se ver. 

Atracamos no Iate Clube de Paranaguá (ICP), um lugar bem diferente do que estamos acostumados pois aqui a maré já chega a 2 metros e a correnteza a 3 knots ….. deve se ter alguns truques para colocar os barcos nas vagas que por si só também são diferentes de tudo que vimos até agora.

Ah.. Paranaguá… O VDS tem um belo convênio com o ICP que nos dá 15 dias de cortesia com água e energia. Nossa pretensão era de fazer um Pit Stop de 2 ou 3 dias para depois seguir a Santos em SP, mas... O que era para ser 2 dias já está em 23 e contando…..

Os motivos? São tantos que vou deixar para contar em uma próxima edição.

Bons ventos a todos.” 

Por Vitor e Ana

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